Três pesquisas
realizadas no último fim de semana, e divulgadas a três dias do
referendo (conhecido como Brexit), dão sinais de que os que os
britânicos que são favoráveis à permanência da Grã Bretanha na
União Européia estão ganhando força. o que se refletiu em um
forte impulso à libra esterlina nesta segunda-feira (20/06), que
chegou a subir 2,1%, atingindo a cotação máxima em relação ao
dólar em três semanas, a US$ 1,4673. Aguardemos novos
desdobramentos até quinta (23/06), dia do plebiscito, mas ao que
parece, esta tendência deve se confirmar, o que já vem se
refletindo em um certo alívio e ânimo para os mercados
internacionais, com reflexos na Bovespa. As moedas, como um todo,
também se valorizam em relação ao dólar. Por aqui não foi
diferente, com valorização do real em relação ao dólar, cotado
abaixo de R$ 3,40 – queda superior a 5% no mês de junho. Sem
interferência do Bacen, o provável é que, em se confirmando a
permanência da Grã Bretanha na União Européia, o real deverá
continuar esse movimento de valorização em relação ao dólar...
exceto, claro, por novidades no cenário político que tenham
desdobramentos no governo Temer.
O socorro ao Estado
do Rio de Janeiro ofuscou em parte o discusso de posse de Goldfajn,
da segunda passada. O problema maior está no contágio para outros
estados e seus possíveis impactos e desdobramentos na condução da
política econômica, foi dada a largada para as renegociações das dívidas dos estados, mas é Meirelles que está no front desta batalha!
As
expectativas dos analistas de mercado consultados pelo Boletim Focus,
do Bacen, que pela quinta semana consecutiva revisam para cima as
expectativas de inflação, medida de acordo com o IPCA, passando de
7,19% da semana retrasada, para 7,25%, mantendo as previsões para a
taxa Selic ao final de 2016 em 13%... Estariam os analistas querendo
testar a disposição de Goldfajn e sua equipe em "circunscrever"
o IPCA aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional
(CMN) para 2016, e assim ajustar a taxa Selic de modo que a inflação,
medida pelo IPCA, não supere os 6,5%? A próxima reunião do Copom
tem muito a nos dizer!
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