quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Série Questões ANPEC

Minha amiga Cris Schmidt organizou uma coletânea de questões resolvidas da ANPEC, elaborada por uma equipe de professores formados na EPGE/FGV-RJ, entitulada "Série Questões ANPEC", com 4 volumes: Estatística, Macroeconomia, Matemática e Microeconomia.

"Eis que é publicada a maior coletânea de livros preparatórios para o exame da ANPEC. Fica aí a dica para os alunos que desejam fazer mestrado nas melhores escolas de economia no país. É a série Questões ANPEC. Os livros trazem a resolução detalhada de todas as questões desde 2002, incluindo o Exame ANPEC 2011."


Comentário extraído do Blog do Cristiano M. Costa.


Clique na foto para entrar no site da Campus/Elsevier.


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O uso do FGTS para compra de ações da Petrobrás

Desde 2000 havia uma grande expectativa, por parte dos trabalhadores, em utilizar parte de seus recursos do FGTS para compra de mais ações da Petrobrás. A Petrobrás conseguiu comprar da União (diga-se de passagem, sem licitação) o direito de explorar até 5 bilhões de barris de petróleo e gás natural em áreas ainda não concedidas da camada do pré-sal. Para tanto precisará de recursos, não somente para pagar à União, como também para investir em tecnologias e estabelecer as condições necessárias para tal exploração. A empresa optou por capitalizar-se através da emissão de novas ações, o que poderá chegar a US$ 65 bilhões.


Esta capitalização da Petrobrás vem sendo acompanhada de muitas incertezas, o que tende a se refletir em uma volatilidade ainda maior dos papéis da empresa, que em 2010 acumula uma desvalorização (até o dia 22 de setembro) de 28% em suas ações ordinárias e em suas ações preferenciais. Desse modo, apesar de ser tentador aos trabalhadores migrarem seus recursos do FGTS para a aquisição de ações da Petrobrás, com o propósito de alcançar rentabilidade superior aos 3% oferecidos pelo FGTS, vale lembrar que estarão sujeitos aos riscos desta capitalização, o que pode resultar em uma rentabilidade negativa dos recursos transferidos do FGTS para a aquisição de novas ações da Petrobrás em determinados intervalos de tempo.

A análise correta a ser feita pelo trabalhador deve considerar a expectativa de valorização das ações até o momento do saque. Se a rentabilidade esperada superar a rentabilidade do FGTS (que mal acompanha a taxa de inflação) então o investimento vale à pena. Assim sendo, todo cuidado é pouco para os que pretendem utilizar parte de seus recursos do FGTS no curto e médio prazo, pois entre outros fatores, devemos lembrar que ainda há vestígios da crise internacional que pode influenciar o preço do barril de petróleo e, desse modo, inviabilizar a exploração e a produção de petróleo na camada pré-sal.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Austeridade fiscal à vista?

Este é o título de minha primeira matéria como articulista e especialista do Instituto Millenium, como contribuição para as discussões na semana do Dia Livre de Impostos.

Confiram a matéria completa:

http://www.imil.org.br/artigos/austeridade-fiscal-a-vista/

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Política monetária contracionista

Após um longo período de estabilidade na taxa básica de juros, o Copom ( (Comitê de Política Monetária) do Bacen (Banco Central), decidiu pela elevação de 75 pontos-base da taxa básica de juros (taxa Selic) ao final da reunião desta quarta-feira (28/abr), sinalizando um tom mais agressivo do que o esperado pela maioria dos analistas.
Foi sobre isto que escrevi na minha coluna no GuiaInvest, avaliando os impactos desta medida tanto no tocante ao combate à inflação quanto em relação às possíveis realocações de portfólio.

sexta-feira, 12 de março de 2010

ETF´s no Brasil: puzzle?

Há duas semanas atrás, no final de fevereiro eu escrevi um post sobre o lançamento de novas ETF´s pela iShares, na BM&F-Bovespa. Um dos leitores do Blog do Cristiano M. Costa atentou para o fato de que mesmo a liquidez dos ETF’s que já são negociados a mais tempo (como o PIBB11, por exemplo) é pequena e que o quadro não parece que ía mudar com os novos lançamentos.

A liquidez de um ativo está associada à velocidade na qual o mesmo pode vir a ser transformado em numerário. Assim, quanto maior forem as negociações de um determinado ativo, mais rapidamente tende a ser acatada uma ordem de venda, quando a mesma estiver muito próxima do preço cotado a mercado.

No mercado norte-americano as ETF´s possuem liquidez considerável, mas aqui no Brasil o mesmo não está ocorrendo, o que sugere um puzzle a ser estudado... ou talvez não!

A minha dúvida está baseada na conversa que tive com alguns colegas, muitos dos quais bastante familiarizados com o mercado financeiro. Conversando com eles a respeito das ETF´s recém lançadas, descobri que muitos não sabiam do recente lançamento de ETF´s pela iShares. Mesmo os que conhecem o que são os ETF´s se mostraram pouco familiarizados com as características dos fundos que são negociados na BM&F-Bovespa, com exceção, naturalmente, do PIBB11.

Os brasileiros estão se familiarizando a cada dia mais e mais com os investimentos diretos em ação, mas pode ser que esta pequena liquidez nos ETF’s seja um sinal de que ainda há um longo caminho a ser percorrido, sobretudo no tocante à divulgação de novos produtos - um outro exemplo foi o fracasso do POP- pois tais fundos (que são bem diversificados e perseguem benchmarks conhecidos) deveriam ser o caminho natural para os que operam com volumes pequenos na BM&F-Bovespa.

Este post também foi publicado no Blog do Cristiano M. Costa, em 12/03/10.

Paulo C. Coimbra.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Novos ETF´s da família iShares

ETF, sigla de Exchange Traded Fund (ETF) - também conhecidos como trackers-, são fundos de investimentos que buscam acompanhar a rentabilidade de um índice de referência e possuem a característica ímpar de terem suas cotas negociadas em Bolsa, como se fossem ações de uma empresa. Desde esta última terça-feira, 23/02, a BM&FBOVESPA iniciou, as negociações com as cotas de três novos fundos de índice da família iShares: iShares Índice Brasil IBrX-100 (BRAX11), iShares Índice BM&FBOVESPA de Consumo (CSMO11) e iShares Índice BM&FBOVESPA Imobiliário (MOBI11). (AQUI)

Informações detalhadas sobre os seis ETF´s da família iShares podem ser encontradas (AQUI) .

O ETF negociado a mais tempo é o PIBB (Papéis de Índice Brasil Bovespa), (PIBB11), lançado em 2004 pelo BNDES. Mais detalhes podem ser encontrados (AQUI) .

Um pequeno investidor tem, com estes sete ETF’s disponíveis, mais possibilidades de diversificação nos seus investimentos, ainda que disponha de poucos recursos. Tal pode ser feito através de diferentes combinações de alocações dos recursos entre estes ETF’s, considerando o volume de recursos destinado às aplicações em ações, visando uma determinada composição de carteira desejada, o que não é difícil, uma vez que a composição das carteiras de cada um destes fundos são divulgadas periodicamente.

Este post também foi publicado no Blog do Cristiano M. Costa, em 25/02/10.

Paulo C. Coimbra.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

“Hedge” de uma carteira de ações.

Os últimos acontecimentos nos conduzem à uma grande questão:

Será que, nos últimos dias, a Bovespa-BM&F está atravessando uma correção ou está entrando numa fase de realização?

Não há dúvidas de que os fundamentos da nossa economia estão bem solidificados e que o Brasil se destaca entre os países que mais rapidamente saíram da crise. Tais condições favoráveis motivaram investidores nacionais e estrangeiros a comprarem ações das nossas empresas. Devemos ressaltar, no entanto que o fato de quase termos alcançando o topo histórico deveu-se exatamente às expectativas favoráveis em torno da recuperação da economia internacional, com destaque para a nossa economia e de outros países emergentes (Rússia, China e Índia). A bolsa funciona assim, antecipa o que está por vir, e as expectativas destacadamente favoráveis da nossa economia acabaram impulsionando os preços de muitas ações para níveis superiores aos que seriam compatíveis com todo esse otimismo. Quando isto ocorre, qualquer notícia que possa ameaçar essa expectativa favorável pode desencadear algumas realizações, o que pode ocorrer por alguns pregões, e fazer uma correção natural dos preços, ou então se estender por um período mais longo, resultando em quedas mais acentuadas - superiores a 20% - em um curto espaço de tempo.

Muitos investidores, tais como administradores de carteira, fundos de pensão, seguradoras ou mesmo investidores individuais, mantém carteiras de ações com perspectivas de longo prazo e não se desfazem de suas posições mesmo em períodos de realizações. O que eles fazem, neste caso, é “hedgear” a carteira de ações. Existem diversos instrumentos que podem ser utilizados, tais como vendas cobertas de opções, otimização de carteiras utilizando-se de betas conservadores, etc... Na matéria que escrevi hoje na minha coluna sobre Derivativos, no InfoMoney, discuti sobre o mais nobre dentre todos os instrumentos de “hedge” de uma carteira de ações: o financiamento de uma carteira de ações através da venda de contratos do Ibovespa futuro.

Trata-se de uma operação que permite pré-fixar a rentabilidade de uma carteira de ações de modo tal que, independente do Ibovespa subir ou cair, obtém-se uma rentabilidade dada, o que deixa claro que montar o “hedge” de uma carteira de ações através da venda de contratos futuros do Ibovespa é uma boa operação quando há a expectativa de realização no mercado, mas não quando há uma expectativa de alta nos preços das ações, uma vez com a pré-fixação da rentabilidade limitam-se os ganhos desta carteira.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Poupança vs DI: um duelo à parte em 2010.

Ao longo de 2009 o governo promoveu sucessivos cortes na taxa básica de juros, a taxa SELIC, o que acabou resultando, sobretudo a partir do segundo semestre, em elevações nas captações líquidas da caderneta de poupança, por um lado, e em quedas nas captações líquidas dos fundos referenciados DI, por outro lado.

Considerando as captações líquidas nos 6 primeiros dias úteis de 2010 (até o dia 11/01), temos que todos os fundos de investimentos captaram liquidamente R$1,856 bilhão, sendo que as retiradas ultrapassaram os depósitos em R$ 5,059 bilhões nos fundos multimercados e os fundos referenciados DI lideram as captações líquidas no setor, com R$ 2,500 bilhões.

Nos mesmos 6 primeiros dias úteis a captação liquida da poupança foi de R$3,602 bilhões o que representa quase o dobro da captação líquida de toda a indústria de fundos e mais de 40% acima da captação líquida dos fundos referenciados DI.

Enquanto a taxa SELIC se mantiver próxima dos 8,75% a caderneta de poupança continuará sendo um investimento que irá competir diretamente com os fundos referenciados DI. Foi sobre isto que escrevi na minha primeira matéria no Guia Invest (AQUI).