Quando empresas ou países recorrem ao mercado internacional, lançando títulos que oferecem juros aos investidores, tais empresas ou países passam a serem avaliados por agências que preparam “rating” de seus títulos para que os potenciais compradores os avaliem. Tais “ratings” refletem a percepção das agências quanto às capacidades que as empresas ou os países emissores de títulos no mercado internacional honrem seus compromissos financeiros, considerando a possibilidade da ocorrência de uma suspensão dos pagamentos (“default”).
Assim, a classificação de uma empresa ou país com o “grau de investimento” equivale a uma recomendação, por parte da agência de “rating”, para a compra dos títulos que são emitidos por estas empresas ou países. Quando se trata da avaliação de um país, são levados em conta a condução da política econômica (leia-se: a política monetária, as contas públicas e as contas externas) e outros fatores, tais como: as condições políticas, o marco regulatório e as condições da economia mundial.
As agências de classificação de risco mais importantes são a Standard & Poor's, a Moody's e a Fitch Ratings, cujos “ratings” globais seguem a escala abaixo:
Em 30 de Abril de 2008, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s elevou o Brasil de BB+(mais) para BBB–(menos), o que equivale à classificação de “grau de investimento”. Em menos de um mês depois, em 29 de maio de 2008, a Fitch Ratings (cujo “rating” é semelhante ao da Standard’s & Poor’s”) também elevou o Brasil para "grau de investimento".
Um país classificado como “grau de investimento” acaba atraindo investidores estrangeiros, especialmente grandes fundos de investimento, que possuem cláusulas de que não podem investir em países que não possuem “grau de investimento”. Uma maior oferta de recursos externos direcionados ao país, por sua vez, pressiona favoravelmente não somente a uma valorização da moeda nacional em relação ao dólar como também à uma queda dos juros pagos nos títulos negociados no exterior, o que acaba se refletindo em uma melhor percepção do chamado “risco-país”.
O risco-país é medido pelo JP Morgan Chase através do Emerging Markets Bonds Index Plus (EMBI+) - também conhecido como Índice de Títulos de Mercados Emergentes - que compara os juros implícitos nos preços dos títulos emitidos pelos países emergentes com os juros por títulos emitidos pelo governo norte-americano (que servem de parâmetro por serem considerados os mais seguros do mundo). Atualmente o risco-país está em 220 pontos, o que significa que os títulos emitidos pelo Brasil pagam, aproximadamente, 2,2% a.a. a mais do que os títulos equivalentes emitidos pelos EUA .
Quando a Standard & Poor’s elevou a avaliação do Brasil o Ibovespa subiu 6,33% atingindo a marca dos 68.000 pontos. Um impacto tão forte sobre a Bovespa não foi observado quando a Fitch Ratings também passou a classificar o Brasil com o “grau de investimento”. Isto ocorreu porque o anúncio da Standard & Poor’s surpreendeu o mercado, mas logo depois já se esperava um anúncio semelhante pela Fitch Ratings.
O anúncio da Moody’s também já era aguardado a um certo tempo. De fato, a crise internacional que foi desencadeada no segundo semestre do ano passado serviu como um fator extra para adiar a reavaliação da classificação do Brasil. Sabia-se, no entanto, que desde 6 de julho deste ano a Moody’s estava reavaliando a classificação do Brasil e já era esperado que a Moody’s acompanhasse as outras duas principais agências, o que serviu de combustível extra nas últimas semanas para a pressão compradora na Bovespa, elevando o preço das ações negociadas. Desse modo, o mercado novamente não foi pego de surpresa com anúncio da Moody's, nesta terça-feira, 22/09, e não se observou um impacto tão forte sobre as ações negociadas na Bovespa como aquele verificado após o anuncio da Standard & Poor’s, que ao final da manhã desta quarta já havia revertido o leve ensaio de tendência de alta registrado na abertura do pregão.
Mais uma vez, prevaleceu a máxima do mercado que diz que “a bolsa sobe no boato e realiza no fato”.
Nota: a tabela foi extraída da Folha Online.
Assim, a classificação de uma empresa ou país com o “grau de investimento” equivale a uma recomendação, por parte da agência de “rating”, para a compra dos títulos que são emitidos por estas empresas ou países. Quando se trata da avaliação de um país, são levados em conta a condução da política econômica (leia-se: a política monetária, as contas públicas e as contas externas) e outros fatores, tais como: as condições políticas, o marco regulatório e as condições da economia mundial.
As agências de classificação de risco mais importantes são a Standard & Poor's, a Moody's e a Fitch Ratings, cujos “ratings” globais seguem a escala abaixo:
Em 30 de Abril de 2008, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s elevou o Brasil de BB+(mais) para BBB–(menos), o que equivale à classificação de “grau de investimento”. Em menos de um mês depois, em 29 de maio de 2008, a Fitch Ratings (cujo “rating” é semelhante ao da Standard’s & Poor’s”) também elevou o Brasil para "grau de investimento".
Um país classificado como “grau de investimento” acaba atraindo investidores estrangeiros, especialmente grandes fundos de investimento, que possuem cláusulas de que não podem investir em países que não possuem “grau de investimento”. Uma maior oferta de recursos externos direcionados ao país, por sua vez, pressiona favoravelmente não somente a uma valorização da moeda nacional em relação ao dólar como também à uma queda dos juros pagos nos títulos negociados no exterior, o que acaba se refletindo em uma melhor percepção do chamado “risco-país”.
O risco-país é medido pelo JP Morgan Chase através do Emerging Markets Bonds Index Plus (EMBI+) - também conhecido como Índice de Títulos de Mercados Emergentes - que compara os juros implícitos nos preços dos títulos emitidos pelos países emergentes com os juros por títulos emitidos pelo governo norte-americano (que servem de parâmetro por serem considerados os mais seguros do mundo). Atualmente o risco-país está em 220 pontos, o que significa que os títulos emitidos pelo Brasil pagam, aproximadamente, 2,2% a.a. a mais do que os títulos equivalentes emitidos pelos EUA .
Quando a Standard & Poor’s elevou a avaliação do Brasil o Ibovespa subiu 6,33% atingindo a marca dos 68.000 pontos. Um impacto tão forte sobre a Bovespa não foi observado quando a Fitch Ratings também passou a classificar o Brasil com o “grau de investimento”. Isto ocorreu porque o anúncio da Standard & Poor’s surpreendeu o mercado, mas logo depois já se esperava um anúncio semelhante pela Fitch Ratings.
O anúncio da Moody’s também já era aguardado a um certo tempo. De fato, a crise internacional que foi desencadeada no segundo semestre do ano passado serviu como um fator extra para adiar a reavaliação da classificação do Brasil. Sabia-se, no entanto, que desde 6 de julho deste ano a Moody’s estava reavaliando a classificação do Brasil e já era esperado que a Moody’s acompanhasse as outras duas principais agências, o que serviu de combustível extra nas últimas semanas para a pressão compradora na Bovespa, elevando o preço das ações negociadas. Desse modo, o mercado novamente não foi pego de surpresa com anúncio da Moody's, nesta terça-feira, 22/09, e não se observou um impacto tão forte sobre as ações negociadas na Bovespa como aquele verificado após o anuncio da Standard & Poor’s, que ao final da manhã desta quarta já havia revertido o leve ensaio de tendência de alta registrado na abertura do pregão.
Mais uma vez, prevaleceu a máxima do mercado que diz que “a bolsa sobe no boato e realiza no fato”.
Nota: a tabela foi extraída da Folha Online.