A teoria da utilidade esperada forma a base da microeconomia moderna. A despeito de seu sucesso existem importantes inconsistências comportamentais relacionadas a ela. Algumas das quais nós iremos discutir brevemente antes de seguir o estudo.
Em 1953, Maurice Allais publica, em um texto célebre , resultados experimentais ilustrando violações ao axioma da independência das alternativas irrelevantes, conhecidos como “paradoxo de Allais”.
Consideremos a versão do experimento de Allais, conduzido por Kahneman e Tversky.
Suponha um conjunto de indivíduos, confrontados com dois problemas de decisão envolvendo prêmios monetários.
Problema 1: os indivíduos têm que escolher entre as seguintes duas alternativas:
Alternativa A: Receber $2.500, com probabilidade 0, 33; receber $2.400, com probabilidade 0, 66;
receber $0, com probabilidade 0, 01.
Alternativa B: Receber $2.400, com certeza, i.e., probabilidade 1.
Problema 2: os indivíduos têm que escolher entre as seguintes duas alternativas:
Alternativa C: Receber $2.500, com probabilidade 0, 33; receber $0, com probabilidade 0, 66.
Alternativa D: Receber $2.400, com probabilidade 0, 34; receber $0, com probabilidade 0, 66.
No problema 1, constatou-se que uma parte significativa dos indivíduos prefere a alternativa B à alternativa A; no problema 2, observou-se uma preferência massiva pela alternativa C em detrimento da alternativa D.
O ponto é que este padrão de preferências é obviamente incompatível com a regra da utilidade esperada.
Efetivamente, fazendo u($0) = 0, o perfil de preferências exibido no problema 1 implica que:
u($2.400) > 0, 33u($2.500) + 0, 66u($2.400) + 0, 01u($0) ou, equivalentemente, que
0, 34u($2.400) > 0, 33u($2.500) Por outro lado, o perfil exibido no problema 2 implica a exata reversão desta inequação.
Kahneman e Tversky explicam este padrão de preferências como uma manifestação de algo mais geral, por eles denominado “efeito certeza”: muitos indivíduos (nos experimentos, mais que a maioria), ao compararem eventos certos com eventos relativamente parecidos mas incertos, tendem a atribuir maior peso aos eventos do primeiro tipo.
Em 1953, Maurice Allais publica, em um texto célebre , resultados experimentais ilustrando violações ao axioma da independência das alternativas irrelevantes, conhecidos como “paradoxo de Allais”.
Consideremos a versão do experimento de Allais, conduzido por Kahneman e Tversky.
Suponha um conjunto de indivíduos, confrontados com dois problemas de decisão envolvendo prêmios monetários.
Problema 1: os indivíduos têm que escolher entre as seguintes duas alternativas:
Alternativa A: Receber $2.500, com probabilidade 0, 33; receber $2.400, com probabilidade 0, 66;
receber $0, com probabilidade 0, 01.
Alternativa B: Receber $2.400, com certeza, i.e., probabilidade 1.
Problema 2: os indivíduos têm que escolher entre as seguintes duas alternativas:
Alternativa C: Receber $2.500, com probabilidade 0, 33; receber $0, com probabilidade 0, 66.
Alternativa D: Receber $2.400, com probabilidade 0, 34; receber $0, com probabilidade 0, 66.
No problema 1, constatou-se que uma parte significativa dos indivíduos prefere a alternativa B à alternativa A; no problema 2, observou-se uma preferência massiva pela alternativa C em detrimento da alternativa D.
O ponto é que este padrão de preferências é obviamente incompatível com a regra da utilidade esperada.
Efetivamente, fazendo u($0) = 0, o perfil de preferências exibido no problema 1 implica que:
u($2.400) > 0, 33u($2.500) + 0, 66u($2.400) + 0, 01u($0) ou, equivalentemente, que
0, 34u($2.400) > 0, 33u($2.500) Por outro lado, o perfil exibido no problema 2 implica a exata reversão desta inequação.
Kahneman e Tversky explicam este padrão de preferências como uma manifestação de algo mais geral, por eles denominado “efeito certeza”: muitos indivíduos (nos experimentos, mais que a maioria), ao compararem eventos certos com eventos relativamente parecidos mas incertos, tendem a atribuir maior peso aos eventos do primeiro tipo.