sexta-feira, 12 de março de 2010

ETF´s no Brasil: puzzle?

Há duas semanas atrás, no final de fevereiro eu escrevi um post sobre o lançamento de novas ETF´s pela iShares, na BM&F-Bovespa. Um dos leitores do Blog do Cristiano M. Costa atentou para o fato de que mesmo a liquidez dos ETF’s que já são negociados a mais tempo (como o PIBB11, por exemplo) é pequena e que o quadro não parece que ía mudar com os novos lançamentos.

A liquidez de um ativo está associada à velocidade na qual o mesmo pode vir a ser transformado em numerário. Assim, quanto maior forem as negociações de um determinado ativo, mais rapidamente tende a ser acatada uma ordem de venda, quando a mesma estiver muito próxima do preço cotado a mercado.

No mercado norte-americano as ETF´s possuem liquidez considerável, mas aqui no Brasil o mesmo não está ocorrendo, o que sugere um puzzle a ser estudado... ou talvez não!

A minha dúvida está baseada na conversa que tive com alguns colegas, muitos dos quais bastante familiarizados com o mercado financeiro. Conversando com eles a respeito das ETF´s recém lançadas, descobri que muitos não sabiam do recente lançamento de ETF´s pela iShares. Mesmo os que conhecem o que são os ETF´s se mostraram pouco familiarizados com as características dos fundos que são negociados na BM&F-Bovespa, com exceção, naturalmente, do PIBB11.

Os brasileiros estão se familiarizando a cada dia mais e mais com os investimentos diretos em ação, mas pode ser que esta pequena liquidez nos ETF’s seja um sinal de que ainda há um longo caminho a ser percorrido, sobretudo no tocante à divulgação de novos produtos - um outro exemplo foi o fracasso do POP- pois tais fundos (que são bem diversificados e perseguem benchmarks conhecidos) deveriam ser o caminho natural para os que operam com volumes pequenos na BM&F-Bovespa.

Este post também foi publicado no Blog do Cristiano M. Costa, em 12/03/10.

Paulo C. Coimbra.

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